PE continua com alta taxa de positividade de sífilis; testes rápidos detectam doença em 50 pessoas

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 01/04/2018 às 7:04
Em 2017, Pernambuco notificou 2.684 pessoas com sífilis adquirida, além de 1.341 registros da doença em gestantes e 1.612 da congênita (Foto: Helia Scheppa/Acervo JC Imagem)
Em 2017, Pernambuco notificou 2.684 pessoas com sífilis adquirida, além de 1.341 registros da doença em gestantes e 1.612 da congênita (Foto: Helia Scheppa/Acervo JC Imagem) FOTO: Em 2017, Pernambuco notificou 2.684 pessoas com sífilis adquirida, além de 1.341 registros da doença em gestantes e 1.612 da congênita (Foto: Helia Scheppa/Acervo JC Imagem)

Não foi alarme quando, em 2016, o Ministério da Saúde (MS) anunciou que o cenário da sífilis fugia do controle. Na ocasião, o governo anunciou que, entre 2015 e 2016, a sífilis adquirida (público em geral) teve um aumento de 27,9%; a sífilis em gestantes, 14,7%; a congênita (passada da mãe para o bebê durante a gestação), 4,7%.

Os casos saltaram a ponto de serem encarados como um pesadelo. A queda no uso da camisinha entre os jovens, já confirmada por pesquisa do MS, pode ser um dos fatores que explicam a ascensão dos casos. E Pernambuco acompanha esse cenário. Em 2017, o Estado notificou 2.684 pessoas com sífilis adquirida, além de 1.341 registros da doença em gestantes e 1.612 da congênita. A taxa de positividade da infecção continua elevada: em torno de 10%.

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Em março, o projeto Quero Fazer, que faz ações de testagem de infecções sexualmente transmissíveis, atendeu 563 pessoas – 50 delas tiveram o diagnóstico de sífilis. Elas passaram por novos exames e foram encaminhadas (nos casos de infecção recente) para tratamento.

Nesta segunda-feira (2), acontece a primeira atividade de abril do Quero Fazer, fruto de parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Aids Healthcare Foundation. Será às 17h, na Escola Córrego da Bica, em Passarinho, Zona Norte do Recife. Continuar com essas ações de diagnóstico precoce e indicar o tratamento para casos positivos são essenciais para levar à cura e à diminuição da transmissão.