Por G1 BA


Protesto de caminhoneiros causa escassez de combustíveis em postos no sudoeste da BA e gasolina salta para R$ 5,50.

Protesto de caminhoneiros causa escassez de combustíveis em postos no sudoeste da BA e gasolina salta para R$ 5,50.

O protesto de caminhoneiros por todo pais, por causa do aumento do preço do diesel, está provocando escassez de combustíveis em postos da cidade de Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia.

Em alguns estabelecimentos, desde a terça-feira (22), não é possível mais encontrar gasolina, álcool, etanol e diesel e, por conta disso, eles tiveram de ser fechados. Nos postos que ainda estão abastecendo, a gasolina é vendida até por R$ 5,50 -- até o último final de semana, o preço da gasolina na cidade variada entre R$ 4,63 e R$ 4,69.

O Procon da cidade informou que está fiscalizando os postos e, caso seja comprovada cobrança abusiva, as bombas podem ser lacradas.

Motoristas reclamam da falta de gasolina em postos de Vitória da Conquista

Motoristas reclamam da falta de gasolina em postos de Vitória da Conquista

Mesmo com a alta dos preços, os poucos postos que estão abastecendo registram longas filas de veículos nesta quarta-feira. "Um absurdo. Tá muito cara. E além de tudo, não tá achando, não é? E o pessoal só está aceitando com pagamento a vista", reclamou o eletromecânico Francisco Rodrigues.

Ao menos cinco postos estão sem combustíveis na cidade. O que fica na Avenida Brumado no bairro Brasil, só está abastecendo ambulâncias, e carros do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar.

Em outro posto da cidade, funcionários relataram que há cinco dias não recebem combustíveis. No local, o diesel acabou na tarde de terça. Nesta quarta, foi a vez do etanol e da gasolina.

Hospitais

Paralização dos caminhoneiros provoca escacez nas lojas e postos de gasolina

Paralização dos caminhoneiros provoca escacez nas lojas e postos de gasolina

A paralisação dos caminhoneiros também está dificultando o transporte de oxigênio hospitalar e muitas entregas não estão sendo feitas em Vitória da Conquista e cidades vizinhas.

O empresário Aglailton Cabral, proprietário de uma empresa que faz distribuição de oxigênio para unidades de saúde, diz que de segunda-feira (21) até esta quarta deveria ter feito entregas de oxigênio em cerca de 20 unidades de saúde da cidade.

"Mas só conseguimos fazer entrega para seis hospitais. Ainda assim, um veio na porta com uma ambulância e, em outro caso, tivemos que alugar um carro pequeno para entregar na UPA de Poções", destacou.

O empresário disse que entrou em contato com a PRF para conseguir transportar o produto. "Estamos fazendo esse apelo para que eles se sensibilizassem e deixassem esse carro passar, porque são vidas que estão em jogo".

Protestos

Trânsito na BR-324, em Simões Filho, foi bloqueado e causou engarrafamento de três quilômetros — Foto: Divulgação/ViaBahia

Caminhoneiros interromperam o trânsito em diversas rodovias da Bahia nesta quarta-feira (23), terceiro dia de protestos contra o aumento do preço do diesel.

Houve interrupções no tráfego na BR-324, BR-111, BR-101, BR-407, BR-242, BR-020, BR-330, BA-526 e BA-535.

Entre as cidades afetadas estão Simões Filho, Santo Estevão, Itatim, Vitória da Conquista, Milagres, Jequié, Poções, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas, Senhor do Bonfim, Jaguarari, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Itaberaba, Alagoinhas, Muritiba, Cruz das Almas, Ipiaú, Conceição do Almeida, Feira de Santana, Capim Grosso, Gandu, Itabuna, Teolândia, Tancredo Neves, Seabra e Riachão do Jacuípe.

Uma liminar concedida pela Justiça Federal, nesta quarta-feira (23), proíbe o bloqueio do tráfego em rodovias baianas de caminhões pertencentes ou contratados por uma empresa de alimentos que ingressou com uma ação por conta dos protestos de caminhoneiros em vias de todos o país contra o aumento do óleo diesel.

A Justiça determinou que seja garantida a passagem dos caminhões e veículos da empresa na BR-020, BR-116, BR-381 e BR-324. A liminar determina que a União, por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), garanta o tráfego dos caminhões que circulam por conta e ordem da empresa autora da ação, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil por caminhão comprovadamente impedido de trafegar.

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