"A ideia do maio amarelo é envolver a sociedade, chamar a atenção para o acidente de trânsito. Trazer mais pessoas, empresas, o cidadão, as escolas, envolver as pessoas no mês de maio mas saber que é pro ano inteiro", salienta o diretor da EPTC, Marcelo Soletti.

Além das sucatas, a empresa também programou ações educativas no interior do estado, já realizada, durante as blitz do Balada Segura, e até durante a Noite dos Museus, programação cultural prevista para o próximo dia 19, na capital. Confira a programação abaixo.

O mês de abril de 2018 já deu sinais de que a violência no trânsito está diminuindo, em relação ao mês anterior. Foram registrados 467 acidentes (53% a menos do que março, 1009). Estas ocorrências resultaram em 378 feridos (15% do que março, quando 378 pessoas ficaram feridas) e oito mortes (27% menos do que março, que registrou 11 vítimas fatais).

A campanha foi lançada na Prefeitura de Porto Alegre, com a participação de órgãos municipal, estadual e federal, além do apoio da Frente Parlamentar pelo Trânsito Seguro da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

O Maio Amarelo faz parte de um movimento mundial, apoiado por 27 países, que tem o objetivo de chamar atenção para os altos índices de mortos e feridos no trânsito, e estimular a participação popular no processo de conscientização.

O mês foi escolhido por conta da Organização das Nações Unidas (ONU) ter decretado em maio de 2011, a década de ação para segurança trânsito. A cor amarela representa atenção e advertência na sinalização de trânsito.

A campanha visa evitar tragédias como o acidente que matou a pequena Mariana, de 11 anos, que chegava da escola em setembro de 2009 quando foi atingida por um carro, em Porto Alegre. "Quando ela desceu aqui, que era pra descer em frente ao condomínio, teve que atravessar a rua, nesse meio tempo para uma boa motorista, pra dar lugar pras pessoas atravessarem a rua. Nisso, vem um maluco lá em alta velocidade, desvia desse primeiro carro e faz isso", recorda o pai de Mariana, Clóvis Gomes Rodrigues.

O motorista tinha uma longa ficha de infrações de trânsito. Mariana teve morte cerebral e deixou um vazio em casa. "Tu enlouquece na verdade, tu não sabe pra onde correr", lamenta o pai.

Para tentar amenizar a dor, a família se engajou com as campanhas para segurança no trânsito, como a ONG Vida Urgente. O pai de Mariana apoia também o Maio Amarelo. "A intenção de entrar nessas campanhas é fazer, participar e brigar por um trânsito mais humano, menos violento. A gente não quer que outro pais passem pelo que a gente tá passando", conclui o pai.