O sargento Gilmar morreu após ser baleado por ladrões no km 183 da rodovia, nas proximidades do Bairro Jardim Alvorada, por volta das 2h. Ele estava voltando de Barretos (SP), onde fazia um tratamento para curar um câncer.

O sargento e um colega, que também é policial, seguiam de carro pela rodovia quando os pneus do veículo furaram por causa de objetos cortantes na pista. Ao descerem do carro no acostamento, os militares foram surpreendidos por ladrões que saíram de um matagal às margens da pista e anunciaram o assalto.

Em seguida o sargento foi atingido com um tiro na cabeça. O cabo não se feriu. Os criminosos fugiram rapidamente, levando uma arma do sargento. "Na minha avaliação, o Gilmar foi alvejado sem ter efetuado algum disparo. [...] Não encontramos nenhum projétil da arma dele na região", disse Heli Andrade.

O comandante da 5ª RPM lamentou a morte do sargento e disse que os indícios apontam que ele foi uma vítima aleatória. "Eles (assaltantes) jogaram objetos na via para que parasse qualquer veículo que viesse, de forma totalmente aleatória", declarou o coronel Lupércio Peres.

As autoridades policiais também falaram sobre dois suspeitos de envolvimento na morte do sargento que morreram após trocarem tiros com militares em uma propriedade rural em Água Comprida, na noite de quarta-feira (21). Eles foram identificados como um homem, de 46 anos, e um jovem, de 29. A arma do sargento Gilmar foi encontrada no local.

“Foi feito o cerco ao local e, ao ser anunciada a presença da PM no local, eles tentaram evadir, efetuando disparos, cada um com uma arma”, explicou o coronel Lupércio Peres.

Segundo o delegado Heli Andrade, outros dois suspeitos de envolvimento no crime já foram identificados e devem se apresentar nesta sexta-feira (22). Para não atrapalhar as investigações, alguns detalhes das apurações ainda não foram repassados à imprensa.

“Estamos caminhando nas investigações, que começaram na manhã de ontem. Ao final das investigações, poderemos dizer quem fez isso e quem fez aquilo no crime”, disse o delegado.

Em 2016, o MGTV exibiu uma reportagem contando que uma campanha foi criada nas redes sociais para ajudar no tratamento do sargento Gilmar, que tinha Mieloma múltiplo, um tipo de câncer de medula. A doença foi descoberta em 2012, num estágio avançado.

"Ele era um lutador, tanto na vida operacional como também na sua vida particular, e também um vitorioso", ressaltou o comandante da 5ª Região da Polícia Militar (5ª RPM), coronel Lupércio Peres, em entrevista ao MGTV de quarta-feira.

O corpo do sargento Gilmar de Oliveira foi enterrado no Cemitério São João Batista, na manhã desta quinta-feira. O caixão foi levado em veículo do Corpo de Bombeiros. Familiares, amigos, policiais da 5ª RPM e representantes das demais forças de segurança da cidade estiveram no cemitério.