Rio

Manifestantes tentam invadir delegacia na Cidade Nova

Ato de servidores estaduais, que começou na frente da Alerj, terminou por volta das 19h
Grupo tenta invadir delegacia da Cidade Nova Foto: Domingos Peixoto / O Globo
Grupo tenta invadir delegacia da Cidade Nova Foto: Domingos Peixoto / O Globo

RIO - O protesto dos servidores públicos do estado, que começou na Alerj, terminou por volta das 19h, em frente à 6ª DP (Cidade Nova), onde o grupo encerrou o ato entoando o Hino Nacional. Os manifestantes seguiram até a delegacia para pressionar a liberação de um servidor, que havia sido detido. Quando chegaram ao local, foram informados que ele prestava depoimento na condição de vítima e acompanhado de seu advogado.

Cerca de cem pessoas participaram do ato em frente à delegacia. Na chegada do grupo, houve um princípio de tumulto. Manifestantes tentaram invadir a unidade, depois que polícia impediu a entrada da família do servidor detido. Após uma negociação, a mulher dele conseguiu entrar.

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O protesto de servidores pelo pagamento de salários atrasados e do décimo-terceiro salário do ano passado começou no início da tarde. Por volta das 16h, foi registrado um princípio de tumulto em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e três bombas de efeito moral foram jogadas contra os manifestantes.

O grupo, então, resolveu andar até a 6ª DP (Cidade Nova), para onde os detidos foram levados. Segundo a Polícia Militar, eles estavam com materiais explosivos, escudos, atiradeiras com bolas de gude e balaclavas. Cerca de 300 pessoas participaram do protesto.

O ato foi realizado exatamente no dia em que completa um ano depois da invasão do plenário do Palácio Tiradentes em razão do pacote de medidas contra crise do governo Pezão. O trânsito está complicado no Centro. O Batalhão de Choque está fazendo a segurança.

GRUPO RECEBIDO POR PICCIANI

Material encontrado com manifestantes detidos durante ato na Alerj Foto: Divulgação PM
Material encontrado com manifestantes detidos durante ato na Alerj Foto: Divulgação PM

Durante o ato realizado em frente a Assembleia Legislativa, uma comissão de líderes do Movimento Unificado dos Servidores (Muspe) foi recebida pelo presidente do Legislativo, deputado Jorge Picciani (PMDB). No encontro, Picciani reforçou as previsões feitas pelo governador Luiz Fernando Pezão.

— O que ele prometeu foi o mesmo que o Pezão tem dito nos últimos dias. De quitar o que é devido ao funcionalismo em até 20 dias e de regularizar os salários. Sobre o 13º de 2017, a promessa é de pagar, no mais tardar, na segunda semana de janeiro do ano que vem — disse Márcio Garcia, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (Sindpol).

Manifestantes derrubam grade em frente à Alerj Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Manifestantes derrubam grade em frente à Alerj Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Após o encontro, Picciani enviou mensagem aos servidores comunicando a possibilidade de reunião, no próximo dias 16 (quinta-feira), às 11h, com Pezão, no Palácio Guanabara. Essa poderá ser a segunda reunião entre o governador e os servidores em 2017.

TRÂNSITO COMPLICADO NO CENTRO

Devido ao ato, as avenidas Presidente Antônio Carlos e Presidente Vargas chegaram a ser interditadas. As vias já foram liberadas. O trânsito Rua Benedito Hipólito, na Cidade Nova, também teve o tráfego fechado momentâneamente. A via já foi liberada, mas há reflexos na altura do Terreirão do Samba, na Rua Carmo Neto e na lateral da Presidente Vargas.