Investigação aponta que candidatos se classificaram em concurso sem fazer provas
Uma investigação feita pelo Ministério Público apontou diversas irregularidades no concurso público feito pela Prefeitura de Axixá, na região norte do estado, em 2016. Conforme ação proposta pelo MPE, candidatos que sequer estavam na lista de presença das salas ficaram entre os classificados. Além disso, outros que tiveram poucos acertos ficaram na frente de candidatos que acertaram mais questões.
Em um dos casos, um candidato que acertou 29 de 30 questões ficou em 338º lugar. Enquato outro que acertou 28 perguntas ficou na primeira colocação.
Em ação proposta pelo MPE, a promotoria de Justiça pede que a prefeitura refaça o concurso para cinco cargos onde foram encontradas irregularidades. Além de convocar os candidatos aprovados para as demais vagas.
Durante as investigações foram analisadas 1,9 mil provas de candidatos classificado, além das listas de frequência e atas das salas. Segundo o promotor Elizon de Sousa Medrado, as investigações apontaram favorecimento aos candidatos que seriam apoiadores do ex-prefeito da época, Auri-Wulange.
O MPE apontou ainda que a empresa responsável pelo concurso, o Instituto de Capacitação, Assessoria e Pesquisa (ICAP), não colaborou com as investigações.
“Para se ter uma ideia, há diversos cargos, incluindo aqueles nos quais não foram encontradas irregularidades, em que a prefeitura não procedeu a nenhuma nomeação, em total desrespeito às leis e às recomendações ministeriais”, disse o promotor.
Outro lado
O atual prefeito, Damião Castro (MDB), disse que vai esperar uma decisão da Justiça para se manifestar.
O G1 procurou o Instituto de Capacitação, Assessoria e Pesquisa (ICAP) e aguarda resposta.
Não conseguimos contato com o ex-prefeito Auri-Wulange, que na época estava no PSD.
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