A caminhada começou nesta quinta (31) e termina no domingo (3), quando os andarilhos terminarem um trajeto de 100 km. Os Passos de Anchieta resgatam o trajeto percorrido por São José de Anchieta nos últimos dias de vida.

Uma grande caminhada anual congrega centenas de andarilhos que iniciam a procissão sempre no dia de Corpus Christi. No trajeto, é possível apreciar as paisagens que inspiravam o santo e “mergulhar” nas reflexões que a jornada oferece.

No início do segundo dia de caminhada, barracas tomaram conta da pracinha da Barra do Jucu. Eles passaram a noite no local, depois de 25 km de caminhada de Vitória a Vila Velha.

As dezenas de crucifixos mostram a quantidade de caminhadas feitas pelo professor Gilberto Coutinho, de 65 anos. Foram mais de 60 por todo o Brasil e pela 15ª vez ele participa dos Passos de Anchieta.

“É muita emoção, além da superação. O contato que a gente tem com a natureza me faz muito bem. É o melhor grupo de amigos que eu já encontrei em toda a minha vida, são esses de caminhada”, disse.

No cajado, ele carrega a frase que escreveu: "Sou apenas um andarilho que perdeu o medo da distância".

Pelo trajeto, não faltam histórias de fé e de devoção. O topógrafo Marcos Calissali teve que colocar 10 pinos na perna esquerda depois de um acidente de trânsito. Segundo os médicos nunca mais voltaria a fazer uma caminhada.

A fé levou Marcos a fazer caminhadas por todo o mundo. Pela 18ª vez, ele vai participar dos Passos de Anchieta. “Ponha a superação na sua vida e Deus em primeiro lugar que longe você vai”, afirmou.

Mais de 3 mil pessoas são esperadas neste ano. Andarilhos de várias partes do Brasil e do mundo.