Por G1 SC


Mosquito Aedes aegypti transmite doenças como dengue, chikungunya e vírus da zika. — Foto: Reuters

O número de focos do mosquito Aedes aegypti cresceu 67,8% em Santa Catarina, diz boletim da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado) divulgado nessa quinta-feira (22). Entre 31 de dezembro de 2017 e 17 de março de 2018, foram identificados 5.621 focos em 122 municípios. No mesmo período no ano anterior, foram 3.350 em 111 municípios.

O Aedes aegypti é o transmissor de doenças como dengue, febre chikungunya e vírus da zika.

No estado, 65 municípios são considerados infestados pelo mosquito, entre eles Balneário Camboriú, Chapecó, Florianópolis e Joinville. A lista pode ser acessada no site da Dive. Esse número representa aumento de 18,2% em relação a 2017, quando eram 55 municípios nessa condição. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

O aumento na quantidade de focos foi apontado pelo Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), no qual é feita a coleta de larvas para o conhecimento do Índice de Infestação Predial (IIP).

Sintomas das doenças — Foto: Arte/ G1

Dengue

No período analisado, foram notificados 544 casos de dengue em Santa Catarina, sendo 3 confirmados, 10 inconclusivos e 447 descartados. Outros 84 estão em investigação pelos municípios. Os dados mostram queda de 51% nos registros, já que no mesmo período de 2017, foram1.119 notificações, sendo quatro com confirmação como sendo da doença.

Dos três casos confirmados neste ano, todos são importados de outras unidades da federação. Os pacientes moram em Biguaçu, Porto União e São José, e tiveram como o local provável de infecção os estados de Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraíba, respectivamente.

Chikungunya

Foram notificados 109 casos de chikungunya no estado entre 31 de dezembro de 2017 e 17 de março de 2018. Desses, 5 foram confirmados, 74 foram descartados, 30 ainda são investigados pelos municípios.

Dos 5 confirmados, 3 foram transmitidos fora de Santa Catarina e 2 são autóctones, ou seja, a doença foi contraída dentro do estado. Esses dois últimos moram em Cunha Porã. Um terceiro caso que também seria autóctone foi confirmado pelo município de São Miguel do Oeste, mas ainda está em análise pela Dive.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram notificados 153 casos, houve redução de 29% nas notificações. No que se refere aos confirmados, no mesmo período de 2017 foram 9 importados e nenhum autóctone.

Vírus da zika

O estado teve 30 casos notificados de vírus da zika, sendo 19 descartados, 10 suspeitos e 1 inconclusivo. Na comparação com o mesmo período de 2017, quando foram notificados 36 casos, teve queda de 17% nas notificações de casos em 2018.

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