Política

Alckmin fala com Temer e se reúne com Ciro Nogueira, mas evita anunciar alianças

Pré-candidato do PSDB esteve no Piauí neste sábado
Alckmin é cumprimentado por integrante do 'tucanafro', corrente do PSDB ligada às religiões africanas Foto: Efrém Ribeiro
Alckmin é cumprimentado por integrante do 'tucanafro', corrente do PSDB ligada às religiões africanas Foto: Efrém Ribeiro

TERESINA - Em viagem ao Nordeste em ritmo de campanha presidencial, o pré-candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, esteve neste sábado no Piauí. O ex-governador de São Paulo foi recebido na sede do partido em Teresina, onde foi "benzido" integrantes do tucanafro, segmento de representantes das religiões de raízes africanas no PSDB.

Alckmin confirmou que falou, por telefone, com o presidente Michel Temer (MDB)  por recomendação do governador de São Paulo Márcio França (PSB)  e do  prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e que não pode falar que haverá aliança entre os dois partidos porque a questão das alianças ainda vai ser discutida e que seria um desrespeito com o pré-candidato do MDB a Presidência da República Henrique  Meireles.

- Seria a uma indelicadeza garantir qualquer aliança nesse momento, já que o MDB tem um pré-candidato, que é o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - disse.

Alckmin se reuniu, durante a noite, com o presidente nacional do PP, o senador piauiense Ciro Nogueira, sobre uma suposta promessa de voto do senador e respondeu que nada foi prometido nesse sentido, nem houve promessa de aliança.

Em relação ao senador Aécio Neves (MG), que foi candidato do PSDB a Presidência da República em 2014, ele falou que já não é mais dirigente do partido e que o PSDB renovou seu diretório com novos nomes.

- A lei é para todos. Não tem lei diferente. Ele ainda não foi julgado e vai responder por todos os atos. Era presidente do partido, mas a direção partidária foi renovada - acrescentou.

Sobre a Lava-Jato, Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil vai sair melhor depois de todo o trabalho feito.

- A justiça não é vermelha, não é amarela, nem azul. Não devemos desacreditar nas instituições - disse.

O governador afirmou que quatro presidentes de partidos vão anunciar apoio a sua candidatura, mas não quis dizer o nome das agremiações que lhe apoiarão.

Acompanhado do pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, deputado estadual Luciano Nunes, e do prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), Geraldo Alckmin declarou que quer fazer um governo que ofereça emprego e renda.

Geraldo Alckmin disse que o Piauí tem se desenvolvido através do agronegócio e da produção de energia eólica e solar, mas é preciso ter infraestrutura. Após entrevista coletiva na sede do PSDB, Geraldo Alckmin deu palestra na Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi).

Ele afirmou que está preparado para disputar as eleições, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso, ou sem Lula.

- Eu estou preparado para quem for. O PT é nosso adversário, já disputei com o ex-presidente Lula e fomos para o segundo turno. Claro que a situação de hoje é toda diferente - falou Geraldo Alckmin.

O ex-governador de São Paulo afirmou que, nessa campanha, quer ser lembrado como o candidato do emprego e renda. Ele disse ainda que uma de suas propostas é dobrar a renda do brasileiro e ressaltou que o setor do agronegócio é bastante competitivo, citando como exemplo a experiência do Matopiba, região dos Cerrados entre os estados Maranhão, Tocantins, Piauí  e Bahia.

Durante a coletiva de imprensa, Geral Alckmin garantiu que não vai privatizar o Banco do Brasil e criticou a concentração de bancos. Ele disse que é preciso investir em sistemas de cooperativas de crédito.

Disse que é a favor dos programas de complementação de renda e voltou a afirmar que o Bolsa Família é um programa que nasceu do PSDB e que o Fome Zero foi um programa de complementação de renda do PT, que foi redundante.

Ele disse que sua campanha será voltada para o desenvolvimento, que é "o novo nome da paz".