quarta-feira, 9 de maio de 2018

Bento Gonçalves define modelo base do projeto da futura usina de lixo e geração de energia elétrica

A empresa que terá o projeto utilizado como modelo da Usina de Resíduos Sólidos a ser implantada em Bento Gonçalves, na região serrana do Rio Grande do Sul, está definida. O projeto da empresa Planex S/A de Belo Horizonte foi selecionado na reunião do Comitê Gestor do município, nesta terça-feira (8), após análise das demandas jurídicas, técnicas e operacionais dos projetos apresentados.


Tanto a Planex S/A quanto o engenheiro químico Antônio Carlos Malmann, de Lajeado (RS), que também participava da seleção, apresentaram em seus projetos o processo de pirólise, no qual o lixo urbano é desumidificado e transformado em uma base pronta para ser utilizada em usinas de geração de energia. Conforme explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Bento Gonçalves, Sílvio Bertolini Pasin, a prefeitura optou pelo modelo da Planex S/A porque ele apresentou uma maior riqueza de detalhes técnicos e operacionais. Segundo o secretário, ainda em maio será elaborado um esboço do projeto que será apresentado em uma audiência pública no mês de junho. A previsão é de que o edital para construção da usina seja lançado em julho e a empresa vencedora seja escolhida em agosto, caso não sejam solicitadas alterações ao projeto durante a fase de consulta pública. A usina será construída em um terreno do município na Estrada da Vindima, por meio de uma parceria público-privada, com duração de 30 anos e um custo total de cerca de R$ 42 milhões. O complexo realizará o tratamento e a eliminação dos resíduos sólidos urbanos. O município doará o terreno e destinará os resíduos. Caberá à empresa construir e administrar a usina, que deverá transformar o lixo em energia. Assim, os resíduos orgânicos não serão mais levados para o aterro sanitário no município de Minas do Leão. Esse aterro pertence à empresa CRVR (Companhia Riograndense de Valorização de Recursos), que é uma subsidiária do megalixeiro grupo Solvi, do empresário Carlos Leal Villa (ele chegou a ter sua prisão solicitada à Justiça em dezembro, devido aos crimes ambientais cometidos por sua empresa no aterro sanitário de Marituba, em Belém do Pará). O Grupo Solvi é sócio da empresa Copelmi Mineradora. Esta abre crateras com a extração do carvão e procura dar solução ambiental a estes gigantescos buracos com o enterro de lixo neles. O aterro é uma gigantesca bomba atômica, devido aos gases gerados pela decomposição do lixo. 

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Bento Gonçalves, Sílvio Bertolini Pasin, a economia prevista é de cerca de R$ 4,5 milhões de reais com o transporte e aterro do lixo, mas ela pode aumentar à medida que os resíduos forem utilizados para geração de energia. A estimativa é de que a usina tenha uma capacidade de processamento de cerca de 150 toneladas de resíduos por dia.

Um comentário:

TIAGO NASCIMENTO disse...

Pelo que sei , a empresa CRVR gera energia no aterro em Minas do Leão, ou seja, a matéria organica é decomposta e gera energia limpa, portanto não se trata de uma bomba um aterro sanitário licenciado pela FEPAM.