Prêmio Água na Boca/Tijuca: A primeira vitória do Umas e Ostras e o resultado em outras seis categorias

Campeão deste ano, casa da Rua Barão de Mesquita foi inagurada há 26 anos

por Gabriel Menezes

Ostras ao limão do Umas e Ostras, grande vencedor da edição deste ano - Divulgação/Oseias Barbosa

RIO - A edição mais saborosa do ano finalmente chegou, ao menos para os leitores adeptos da boa mesa que aguardavam ansiosos os resultados do Prêmio Água na Boca 2018. Oferecida pelo GLOBO-Tijuca anualmente, a premiação elege estabelecimentos gastronômicos de excelência na região, com base na votação de um júri de dez personalidades das mais diversas áreas, todos notoriamente gourmets. Atores, músicos, produtores de eventos, blogueiras, jornalistas e profissionais ligados à moda e às artes foram convidados a apontar os estabelecimentos de sua preferência em sete categorias. Cada voto valia dez pontos.

Ao lado de algumas casas que já apareceram em edições passadas do concurso, como é o caso do Momo, escolhido pelos jurados pela sétima vez em Bar/Botequim; do Mitsuba, vencedor na categoria Oriental pela quinta vez; e da Tati, eleita como a melhor em Doces da região depois de reinar absoluta em anos anteriores, algumas novidades surgem nesta edição. Uma delas é o vencedor do prêmio mais importante do concurso. Inaugurado na Tijuca há 26 anos, o tradicional Umas & Ostras era sempre citado em outras edições do Água na Boca, e agora estreia em grande estilo na premiação deste ano, eleito pelo júri o melhor restaurante da região. Os votos de minerva couberam à equipe de jornalistas do caderno.

Nas páginas 22 e 23, após as reportagens sobre os estabelecimentos vencedores em cada uma das categorias do prêmio, o leitor encontrará os endereços e telefones das casas citadas pelo júri.

Umas e Ostras (restaurante)

Nhoque de camarão do Umas e Ostras - Divulgação

A categoria mais importante do Prêmio Água na Boca 2018 foi vencida por um restaurante que, apesar de ser veterano na região, é, também, um campeão de primeira viagem. Aberto há 26 anos na Rua Barão de Mesquita, o Umas & Ostras conquistou, pela primeira vez, o título, com dois votos dos jurados. As outras casas citadas, cada uma com um voto, foram Aconchego Carioca, Turino, Salete, Caçador, Buxixo, Mitsuba, Outback (Shopping Tijuca) e Siri.

Referência não só em ostras (para fazer jus à alcunha), mas também em peixes e frutos do mar (camarão, anchova, atum e congro rosa, entre muitos outros), o restaurante foi criado depois que um grupo de seis empresários de segmentos distintos da região resolveram se unir para ocupar o casarão, na época fechado. Um deles era Fernando Santos das Oliveiras, até então proprietário de um barzinho na mesma vizinhança e uma figura muito popular.

— Nós nos juntamos e decidimos abrir um restaurante especializado em frutos do mar, pois era algo que não existia por aqui e nem pelas redondezas. A primeira questão foi pensar num nome, então resolvemos criar um concurso. O responsável pelo nome escolhido ganhou como prêmio um jantar, harmonizado com vinho e tudo o mais. Daí surgiu o Umas & Ostras. É um nome que nos dá muito orgulho — conta o empresário, hoje à frente do negócio ao lado de outros dois sócios.

O grande diferencial do restaurante, segundo ele, é que os peixes e frutos do mar são grelhados numa churrasqueira a carvão — uma raridade nos dias hoje —, que dá sabor inigualável ao alimento, além de deixá-lo mais saudável.

As pedidas dos ganhadores do Prêmio Água na Boca 2018 na Tijuca

  • Bacalhau à portuguesa do Umas e Ostras, vencedor deste ano Foto: Divulgação/Oseias Barbosa

  • Bolinho de arroz do Bar do Momo, eleito o melhor botequim da Tijuca Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

  • Torta de KitKat da Tati Doces, eleita a melhor doceria da Tijuca Foto: Divulgação

  • Pizza Diavoletta Bionda, da Domênica, eleita a melhor pizzaria da Tijuca Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

  • Estrela do Sul foi eleita a melhor churrascaria da Tijuca em 2018 Foto: Analice Paron / Agência O Globo

  • Shiitake recheado com salmão do Mitshuba, melhor restaurante oriental da Tijuca em 2018 Foto: Divulgação/Eduardo Nakahara

  • Conde Gourmet foi eleito o melhor quilo da Tijuca Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

— Não há nada igual a uma grelha com carvão para deixar uma comida saborosa. Além disso, esse modo de preparo faz muito bem à saúde, pois o peixe é feito com a sua própria gordura, sem adição de óleo ou manteiga — explica o empresário.

As ostras servidas no estabelecimento são compradas de um fornecedor da cidade de Cananeia, no litoral de São Paulo. Já os peixes e frutos do mar, de pescadores do próprio estado do Rio, de municípios como Arraial do Cabo e Cabo Frio. Por mês, cerca de 200 quilos de pescado são consumidos no espaço.

Há alguns anos o restaurante incluiu, também, de segunda a sexta-feira, o serviço de pratos executivos, com valores que variam entre R$ 29,90 e R$ 50.

— Tivemos que colocar os pratos individuais para concorrer com as outras casas na hora do almoço. Mas aqui o cliente sabe que não tem enganação, ele é muito bem servido — garante Oliveiras.

Já quando o assunto é a bebida, além do chope, há uma carta de vinhos com rótulos nacionais e de países como Chile, Argentina e Portugal.

Mas nem tudo é motivo de comemoração para o Umas & Ostras. Depois de 25 anos funcionando nos períodos da tarde e da noite, desde 2017 o restaurante diminuiu o seu expediente para o horário do meio-dia às 18h. O motivo foi o aumento da violência no Rio de Janeiro, que afastou boa parte dos clientes que antigamente lotavam o salão para o jantar.

— A decisão de não funcionar à noite foi difícil, mas necessária. Esperamos que a situação do Rio melhore para que possamos voltar ao horário de sempre. O que fazemos hoje na casa, em algumas noites, são jantares harmonizados esporádicos para grupos — afirma o sócio.

Simpatia e clientes de longa data

Que o tempero e a qualidade dos pescados servidos no Umas & Ostras foram quesitos indispensáveis para que o restaurante conquistasse a sua primeira vitória no Prêmio Água na Boca, não resta a menor dúvida. Mas a casa tem ainda outro mérito que faz com que muitos clientes não se importem em cruzar a cidade para almoçar por lá: a simpatia e a relação próxima dos donos e funcionários com boa parte de seus frequentadores.

De acordo com o sócio Fernando Santos das Oliveiras, existe, por exemplo, uma caderneta com telefones de clientes frequentes, que gostam de ser avisados sempre que um determinado peixe chega bem fresco ao restaurante.

— Ligamos para avisar e a pessoa vem no mesmo dia ou no seguinte para comer o seu prato favorito. Temos clientes que se transformaram em grandes amigos. Nós acompanhamos os seus filhos crescerem, conhecemos duas gerações da mesma família. Para mim, essa é a melhor parte de trabalhar num restaurante: poder cultivar relações. É muito prazeroso — destaca o empresário.

Segundo Oliveiras, a maior parte dos clientes tem acima de 40 anos. Alguns trabalhavam em empresas pela vizinhança. Hoje são aposentados e, mesmo morando em lugares distantes, frequentam a casa.

— Infelizmente, os mais jovens de hoje, em sua grande maioria, não querem saber do tipo de comida com que trabalhamos. Eles preferem pizzas, hambúrgueres — lamenta.

Desde 1994, quem coloca ordem no restaurante é o gerente Francisco Ferreira, o Chico, outra figura muito querida entre os frequentadores de longa data.

— Depois de tantos anos trabalhando num mesmo lugar, você passa a conhecer as pessoas pelo nome. Então é muito mais do que atender um cliente, é como reencontrar um velho amigo. Isso não tem preço — opina o gerente do Umas & Ostras.

Estrela do Sul (Carnes/Churrascaria)

Churrascaria Estrela do Sul foi a favorita na Tijuca - Analice Paron/12-05-2016 / Agência O Globo

Foram 13 anos consecutivos ocupando o posto de melhor churrascaria da região, até que, em 2017, a Estrela do Sul bateu na trave e ficou com a segunda colocação, perdendo no desempate para o Churrasqueto Lareira nº 185. Desta vez, as duas casas, mais uma vez, receberam o mesmo número de votos dos jurados, mas no tira-teima — decidido com o voto de Minerva da equipe do GLOBO-Tijuca —, a churrascaria do Maracanã levou a melhor.

Para a gerente de marketing da Estrela do Sul, Andréia Trajtenberg, o sucesso da casa não tem segredo, e é fruto simplesmente de muita dedicação de toda a equipe, formada por cerca de 50 funcionários.

— Nós trabalhamos com muita vontade de fazer o melhor. Com esta crise que o país enfrenta, não está fácil para ninguém, mas, fazemos questão de sempre manter o nosso padrão de qualidade — destaca a gerente.

A qualidade das carnes servidas é um dos pontos altos do rodízio (que no almoço custa R$ 84,90; e no jantar, R$ 69,90). Completando 40 anos de funcionamento, a Estrela do Sul trabalha com fornecedores variados, de países como Uruguai e até mesmo Austrália. E entre os cortes favoritos dos clientes estão a tradicional picanha e o prime rib.

Já o Churrasqueto Lareira, que ficou com a segunda colocação, tem uma história curiosa. Graças a uma separação entre antigos sócios, hoje há dois restaurantes com o mesmo nome na Major Ávila, um em frente ao outro. O mais votado foi o do lado esquerdo, no 185, chamado de “original” pela proprietária Marisol Tejido Baz.

Conde Gourmet (Quilo/Bufê)

Conde Gourmet foi eleito o melhor bufê da Tijuca - Brenno Carvalho / Agência O Globo

O que não falta na Tijuca são restaurantes a quilo de qualidade. Uma prova disso é que oito casas apareceram na votação dos jurados na categoria. A vencedora foi o Conde Gourmet, na Rua Conde de Bonfim, que conquistou o título com apenas um voto a mais que os concorrentes. Os outros citados foram Frigideira & Cia., Pizza Grill Original 17, Nutri Sabor, Brasa Gourmet, Alecrim, Tchan e Capelinha.

Com quase uma década de funcionamento, o Conde Gourmet é uma ótima opção a quilo não só para o almoço, mas também para o jantar. O bufê funciona diariamente, das 11h à meia-noite. São 40 opções de pratos quentes, além de frios, saladas, churrasco, comida japonesa e sobremesas.

— No horário do almoço, além de famílias tijucanas, atendemos a muitos funcionários de empresas da região. Temos vans próprias que buscam e levam esses trabalhadores, cerca de 300 clientes — destaca o gerente de salão do restaurante, Adriano Carvalho.

Com dois salões espaçosos e um pé-direito alto, o Conde Gourmet consegue atender um grande número de clientes sem qualquer problema. A equipe conta, atualmente, com 76 funcionários.

Para o chef da cozinha no turno da tarde, Júnior Clementino da Silva, o maior desafio de se trabalhar num restaurante a quilo é conciliar o alto padrão de qualidade e evitar o desperdício de alimentos.

— São muitos pratos diferentes e precisamos sempre calcular a hora de preparar mais para repor no bufê, sem deixar de evitar as sobras no fim do dia — explica o profissional.

Bar do Momo (Bar/Botequim)

Bolinho de arroz do Bar do Momo, eleito o melhor botequim da Tijuca - Brenno Carvalho / Agência O Globo

O Bar do Momo é um velho conhecido dos tijucanos, mas, de uns tempos para cá, a fama dos seus pratos e petiscos tem atraído clientes de todos os cantos da cidade. O responsável por isso é o gerente e cozinheiro do bar, Antônio Carlos Laffarge, o Toninho, que não tem medo de inovar nas criações gastronômicas.

Para a edição deste ano do concurso Comida di Buteco, por exemplo, ele preparou o sanduíche “Eu só quero ser feliz”. Trata-se de um misto quente de joelho de porco com creme de queijo, picles e mostarda, servido na torrada Petrópolis, que vem acompanhado de catchup de catuaba (R$ 20). Por essas e outras, o Momo caiu no gosto do povo, e foi eleito pela sétima vez como o favorito no concurso Água na Boca.

— As minhas criações na cozinha fizeram sucesso e isso me animou bastante a sempre inovar. Creio que as pessoas chegam ao bar com vontade de experimentar coisas novas e repetir as que já conhecem — destaca Toninho.

O bar foi aberto em 1972 pelo então Rei Momo da cidade, Abrahão Reis. Em 1986, foi comprado pelo atual dono, Antônio Carlos dos Santos, o Tonhão — pai de Toninho —, um português que chegou ao Brasil com 7 anos. A administração é toda familiar. Na parte da manhã, Tonhão é o responsável. De tarde, o filho assume com a ajuda da mãe, dona Glória, e da tia, Filomena.

— As pessoas me perguntam como é trabalhar em família, e eu digo que não conheço algo diferente, pois minha vida sempre foi essa — finaliza Toninho.

E, para os clientes de primeira viagem, é importante não esquecer de levar dinheiro em espécie, pois a casa não aceita cartões de débito ou crédito.

Mitsuba (Oriental)

Mitsuba foi eleito o melhor oriental da Tijuca - Analice Paron / Agência O Globo

Com uma vitória bem mais apertada do que no ano passado — quando ganhou com 70 pontos —, o Mitsuba, mais uma vez, foi eleito o melhor restaurante oriental da Tijuca. Desta vez, a casa terminou empatada com o T Maki Club e sagrou-se campeã com o voto de Minerva da equipe do GLOBO-Tijuca.

Inaugurado em 2004, o restaurante conquistou uma legião de clientes não só da Tijuca. De acordo com o dono, Homero Cassiano, cerca de 30% dos frequentadores vêm da Zona Sul e da Barra da Tijuca. Além disso, muitos turistas saem de pontos famosos da cidade para ir até o local conhecer de perto a sua fama.

— Não somos um restaurante japonês comum. Posso dizer com segurança que o que oferecemos por aqui o cliente não encontra em nenhuma parte da cidade — afirma, orgulhoso, o proprietário do Mitsuba.

A receita do sucesso, aponta ele, é o fato de, mesmo em momentos de crise, não cogitar fazer economia com insumos e com funcionários.

— Lidamos com uma culinária muito complexa, que exige um treinamento especial. Um sushiman leva, em média, seis anos para tornar-se realmente preparado. Por isso, evito ao máximo ter que trocar funcionários. Há pelo menos três anos não temos baixas na equipe — conta Cassiano.

Segundo ele, cerca de 25 tipos de peixes são servidos diariamente na casa, sendo que boa parte é comprada diretamente dos pescadores, sem atravessadores.

— Com isso, conseguimos um produto fresco e de total qualidade — salienta.

Desde a sua inauguração, a cozinha do Mitsuba é comandada pelo chef Eduardo Nakahara, um veterano no assunto. Em 2016, o chef, que é morador do Andaraí, faturou o título de melhor sushiman do Brasil. A competição foi organizada pelo Nagoya Sushi School e por representantes do governo japonês, como Shinya Koike, embaixador da Difusão da Culinária Japonesa na América Latina e proprietário dos restaurantes Aizomê e Sakagura A1, em São Paulo.

No segundo lugar da categoria, o T Maki Club foi inaugurado em 2010, com um conceito que une sushi e bar. No cardápio, o cliente pode optar entre sashimis, temakis e makimonos variados, pratos quentes, combinados e sobremesas.

Domenica (Massas/Pizzaria)

Pelo segundo ano consecutivo, Domenica foi eleita a melhor pizzaria da Tijuca - Brenno Carvalho / Agência O Globo

A categoria Massas/Pizzaria foi outra que teve uma disputa acirrada na edição deste ano. Tanto a Pizzaria Domenica quanto o Fiorino Ristorante alcançaram 20 pontos nas escolhas dos jurados, e a decisão foi decidida pelo voto de Minerva da equipe do GLOBO-Tijuca, que deu o segundo título consecutivo à Domenica.

Inaugurada há pouco mais de dois anos, a pizzaria era um antigo sonho do empresário Victor Celano, descendente de italianos. A casa, por sinal, é decorada com fotografias antigas de sua família no país europeu.

— A pizzaria foi uma grande aposta. Abrimos no auge da crise econômica do país, e muito gente achou que fosse dar errado. Mas eu sempre acreditei na proposta de servir um pizza de verdade, artesanal, como é feita na Itália. Desde o primeiro dia, a casa sempre esteve cheia. Poucos meses depois, abrimos uma filial em Botafogo — conta Celano.

Entre os diferenciais da Domenica estão o forno a lenha, elaborado por um especialista exclusivamente para o preparo de pizzas e massas, e o queijo de búfala, utilizado para fazer todos os itens do cardápio. Os outros ingredientes são quase todos importados da Europa.

Outra característica que chama a atenção é que não existe a possibilidade de pedir as tradicionais pizzas meio a meio, com dois sabores diferentes. Apesar de gerar protestos dos clientes de primeira viagem, o empresário garante que a decisão é para manter a qualidade.

— Com o nosso modo de preparo, não conseguimos manter um cozimento igual da pizza se ela tiver ingredientes diferentes. Sempre vai ter um lado que vai ficar prejudicado — justifica.

Tati Doces (Doces)

Torta de KitKat da Tati Doces, eleita a melhor doceria da Tijuca - Divulgação

Depois de vencer por três anos seguidos na categoria, a Tati Doces acabou ficando de fora da lista dos campeões no concurso do ano passado. Mas o hiato durou pouco: em 2018, a loja acabou, novamente, eleita como a melhor doceria da Tijuca, recebendo três votos dos jurados. O vice-campeão foi a Pituchinha, com dois votos, seguida por Manuca Confeitaria, Trigus, Viena Express, Yeasteria e Toca Doce, todas com um voto cada.

Com uma loja pequena, mas bastante movimentada na Rua Barão de Mesquita desde 1989, a Tati Doces é uma referência em tortas na região. Atualmente, são cerca de 30 opções, sendo que novos sabores são adicionados ao cardápio com uma certa frequência. As que fazem sucesso acabam ficando.

— Mantemos os sabores tradicionais, mas estamos sempre buscando novidades para nos adequarmos ao mercado, cada vez mais exigente. Um dos lançamentos é uma torta feita com Kit Kat — afirma o gerente comercial da casa, Luis Felipe de Luca.

A empresa — que inclui as lojas da Tijuca e do Centro — conta atualmente com 53 funcionários, mas, desde o início, quem comanda a cozinha é sua fundadora, Leda Pereira. É ela, também, quem bate as massas de todos os bolos e assina as receitas.

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