Política

'Pode acontecer com qualquer um', diz namorado de jovem morta ao dar carona em Minas

Kelly trocou mensagens com o namorado durante a viagem que causaria sua morte
Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, foi morta após oferecer carona combinada pelo aplicativo WhatsApp Foto: Reprodução / Agência O Globo
Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, foi morta após oferecer carona combinada pelo aplicativo WhatsApp Foto: Reprodução / Agência O Globo

RIO - O namorado de Kelly Cadamuro , de 22 anos - morta em Frutal (MG) após dar carona a um desconhecido através de um grupo de mensagens - diz que a vítima tinha por hábito levar outras pessoas em viagens, para dividir custos. Os dois moravam em cidades diferentes e pegavam a estrada com frequência para se verem. Segundo Marco Antonio da Silva , uma pequena mudança na rotina das viagens pode ter colaborado para a tragédia. As informações são da TV Globo.

- Ela sempre me mandava mensagens perguntando se eu conhecia as pessoas que ela ia trazer. Justamente dessa vez ela não perguntou - lamenta o namorado.

Durante a viagem, o casal trocou diversas mensagens. Kelly chegou a avisar que iria viajar sozinha com o assassino, já que uma mulher, que também seria transportada por ela, acabou não aparecendo. O último contato dos dois foi feito quando ela parou para abastecer o carro. Depois disso, não  respondeu mais ao namorado. Marco Antonio diz que também faz parte de grupos de carona, mas que irá abandonar a prática. O jovem cobrou Justiça para a namorada.

- Acontecer isso com ela, uma pessoa tão bondosa? Se aconteceu com ela, pode acontecer com qualquer um. Isso não pode ficar impune, ela não volta mais - afirma, aos prantos.

Imagens colhidas pela investigação mostram a jovem e o assassino passando por um pedágio na rodovia. Mais tarde, o carro retorna no sentido oposto, dessa vez com um só passageiro. Uma jovem, que preferiu não ser identificada, disse que escapou por pouco de ser morta pelo assassino - identificado como Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, já preso. O criminoso havia oferecido uma carona no mesmo dia da morte de Kelly, mas acabou desmarcando em cima da hora, diz a mulher. Ele acabou dizendo que precisaria viajar de noite, e não mais pela manhã, como haviam combinado inicialmente. Desconfiada, ela rejeitou o convite.

-  Quando vi o que aconteceu fique petrificada. Podia ser eu - diz a jovem.

A polícia prendeu outros dois homens, que compraram peças do carro e o celular de Kelly.